ATENÇÃO! A AEA-MG e entidades representativas alertam os participantes de previdência da Forluz para que busquem mais informações antes de qualquer escolha que altere seu benefício do Plano B
12/04/2023

A AEA-MG e entidades representativas como ABCF, Senge e Sindieletro, alertam os assistidos do Plano B da Forluz para que analisem, com muito cuidado e cautela, a proposta implementada pela instituição, a pedido da Cemig, para a transformação da renda vitalícia, recebida hoje, em renda variável temporária (cotas).

Há risco real de exaurimento do saldo de contas, isto é, de acordo com a retirada mensal pelo assistido, há risco de que, após alguns anos, não haja mais saldo para continuar a pagar os benefícios.

Por isso, tanto as entidades quanto os conselheiros eleitos já registraram junto à Forluz pedidos para melhorar a transparência no processo de transformação de renda. Entre eles:

● Disponibilização da memória de cálculo da reserva informada aos participantes;
● Disponibilização de um simulador que permita visualizar a evolução dos benefícios,
em especial, a possibilidade de exaurimento do saldo de contas;
● Possibilidade de reversão da opção em caso de adesão acidental;
● Adesão à migração em duas etapas com confirmação por e-mail e/ou documento
impresso e com testemunha.

Porém, a Forluz não tem demonstrado interesse em explicar detalhadamente os riscos da eventual transformação de renda com a transparência necessária. Tal atitude fica evidenciada ao não atender as demandas dos participantes, encaminhadas pelas entidades e conselheiros.

Diante da baixíssima adesão ao processo pouco transparente, em vez de corrigir os erros já apontados, a Forluz está ligando para a casa dos participantes assistidos com renda vitalícia, “propondo” a transformação de renda, apresentando as “vantagens” para o participante. Entretanto, esquece de informar os riscos.

Em mais uma tentativa de convencê-los, está disponibilizando a cada assistido um “simulador confuso” que, na verdade, apenas indica o percentual de retirada para manter o mesmo valor do benefício em renda vitalícia.

TRATA-SE DE UMA MANOBRA para dar a impressão de que o valor da renda variável será o mesmo da renda vitalícia. No entanto, a Forluz NÃO informa que NÃO ENTREGA A RENTABILIDADE necessária para a manutenção do benefício no mesmo valor e que o assistido corre risco real de exaurimento de seu saldo de contas.

O simulador também apresenta o saldo de contas sendo atualizado pela inflação, o que contraria todas as orientações sobre transformação de renda, que normalmente recomendam considerar as modalidades de simulação com valor em moeda constante. É MAIS UMA MANIPULAÇÃO, pois cria a ilusão que o saldo de contas tem aumento real ao longo dos anos.

A Forluz também encaminhou para o e-mail de cada participante assistido um documento apontando as vantagens e desvantagens da renda variável em relação à renda vitalícia. Neste e-mail, ela não tentou explicar como funciona cada modalidade de renda, mas, sim, definir o que é bom e o que é ruim para cada participante. A FORLUZ NÃO TEM O DIREITO DE INDICAR OU MANIPULAR O ENTENDIMENTO DOS PARTICIPANTES DESTA FORMA. Além disso, as comparações feitas neste e-mail são totalmente questionáveis, pois seu objetivo era motivar os assistidos a aceitar a proposta de transformação.

Diante da dificuldade da Forluz em disponibilizar um simulador que, de fato, forneça subsídios para uma decisão segura, as entidades notificaram a PREVIC das irregularidades. Neste documento, foi solicitada a apresentação do simulador de fácil compreensão, mais transparência nas informações e a possibilidade de todo e qualquer participante que se sinta prejudicado, possa cancelar sua opção pela transformação de renda.

Não se deixe enganar! Exija as informações necessárias, principalmente, as que dizem
respeito a:

● Memória de cálculo de sua reserva;
● Evolução de seu eventual benefício variável (cotas);
● Rentabilidade mensal e anual da Forluz em comparação com as possíveis opções
de percentuais de saldo de contas.

Orientamos os participantes do Plano B a não assinarem ou aderirem ao processo de transformação de renda até que sejam apresentados o simulador e o correto entendimento de todos os riscos envolvidos.